Veja como a enxaqueca é diagnosticada e as principais características da condição
“Todo mundo que tem enxaqueca tem um tipo de dor de cabeça, mas nem toda dor de cabeça é enxaqueca”, embora isso pareça apenas um jogo de palavras, a verdade é que trata-se de uma verdade. A enxaqueca é apenas uma dentre inúmeras outras causas de dor de cabeça, por isso é tão importante entender esta diferença.
Quando um médico faz um diagnóstico de uma enxaqueca, o primeiro passo é identificar sinais de alarme, que nada mais é do que verificar dados do histórico e exame físico do paciente que sugerem causas secundárias de dor de cabeça, por exemplo, aneurismas intracranianos, tumores, infecções do sistema nervoso central.
Afastados os sinais de alarme e utilizando-se das informações coletadas durante a entrevista e exame físico geral e neurológico do paciente, é possível agrupar uma série de características que permitem ao médico pensar em uma causa primária de dor de cabeça, por exemplo, enxaqueca.
A enxaqueca costuma ser mais frequente em mulheres entre 20 a 40 anos de idade. Dentre as características de uma enxaqueca episódica destacam-se:
- Dor de cabeça com duração de 4 a 72 horas
- Dor de um lado da cabeça, moderada a forte intensidade e que piora com atividades físicas rotineiras como subir escadas
- Dor de cabeça associada a náuseas e/ou vômitos e aversão a estímulos luminosos, sonoros e muitas vezes olfativos.
Assim, enxaqueca é apenas um tipo de dor de cabeça. A última versão da Classificação Internacional das Cefaleias, publicada em 2018 na revista Cefalalgia, traz uma divisão de todas as dores de cabeça em 3 grandes grupos:
1- Cefaleias primárias
2- Cefaleias secundárias
3- Neuropatias cranianas dolorosas, outras dores faciais e outras cefaleias.
A enxaqueca está no grupo 1, que tem 4 subdivisões: a primeira, onde está a enxaqueca, a segunda, na qual se encontram as cefaleias tipo tensional, a terceira, com as cefaleias trigêmino-autonômicas e, finalmente, a quarta com as outras cefaleias primárias.