Mancha mongólica: o que significa e o que fazer

Mancha mongólica: o que significa e o que fazer

A pequena coloração na pele do bebê pode aparecer logo após o parto em regiões específicas.

É comum que mães, pais ou cuidadores de primeira viagem se preocupem com manchas e outros sinais que aparecem na pele do bebê. Porém, nem tudo pode ser, necessariamente, um problema – como um hematoma ou doença dermatológica.

É o caso da mancha mongólica, que se trata de uma pequena área na pele com coloração arroxeada ou cinza azulada e que surge pouco tempo após o nascimento.

“Ela surge durante o desenvolvimento fetal, quando alguns melanócitos (células responsáveis pela produção da melanina, sendo o pigmento da pele) ficam retidos na derme, o qual é a segunda camada da pele, logo abaixo da epiderme”, explica Silvia Assumpção Soutto Mayor, coordenadora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Segundo a especialista, esse tipo de marca pode aparecer em bebês de qualquer etnia, independentemente dos pais serem de raças diferentes ou não. Entretanto, a mancha mongólica é mais comum em crianças asiáticas e afrodescendentes.

Localização da mancha no corpo

A região onde a coloração costuma aparecer é uma das principais maneiras de identificar essa alteração na pele das crianças. Silvia conta quais são as partes do corpo mais propensas para o desenvolvimento das manchas mongólicas:

  • Inferior do dorso (região lombar)
  • Nádegas
  • Costas
  • Braços
  • Abdômen
  • Extremidades

Mancha mongólica pode indicar complicações?

No geral, as manchas mongólicas são consideradas benignas e não trazem nenhuma complicação para a saúde do bebê. O seu aparecimento, na maior parte dos casos, está relacionado apenas com a ancestralidade familiar – sendo mais comum em famílias miscigenadas.

“As manchas mongólicas podem ficar mais pigmentadas até 1 ano e, a seguir, tendem a diminuir, até desaparecer durante a infância. Em alguns casos raros, as manchas persistem por mais tempo. Porém, raramente ocorrem anomalias associadas e o prognóstico é benigno”, conclui a médica Silvia Mayor.

Mesmo assim, é importante que os pais e cuidadores sinalizem para o pediatra se notarem qualquer marca diferente na pele do bebê. Apenas um especialista pode realizar o diagnóstico correto de uma alteração cutânea, afastando possíveis condições ou doenças que exijam tratamento específico.

Fonte: Minha Vida

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