A suplementação com ácido fólico é preconizada há muitos anos para evitar defeitos na formação do tubo neural, como anencefalia, espinha bífida, meningocele, meningomielocele, entre outros.
O ácido fólico é essencial para a síntese de RNA e DNA, e desenvolvimento adequado do tubo neural do bebê, além do crescimento fetal e lactogenese materna!
Porém ácido fólico que compramos na farmácia no Brasil, é sintético , e precisa de um processo de conversão para que seja transformado em sua forma ativa que é o L- metilfolato.
Uma das enzimas responsáveis por essa conversão é a Metil-tetrahidrofolato-redutase) = MTHFR.
Existe uma trombofilia por mutação do MTRFR, na qual não há conversão do ácido fólico sintético para sua forma ativa! E 20 a 40% da população, mesmo não tendo a mutação, não produz quantidade suficiente da enzima para completa conversão da quantidade de ácido fólico sintético suplementado!
Nesses casos o ácido fólico não é convertido na forma ativa e se acumula no organismo causando diversos danos, favorecendo o risco de malformações fetais e podendo acarretar em déficit cognitivo, danos neurológicos e atraso no desenvolvimento dos bebês nascidos com essa “intoxicação” pelo ácido fólico! Estudos demonstram que nesses casos há o dobro de risco de autismo! Também podem haver alterações cardiovasculares, com maior risco de pré eclampsia nas mamães!
Pessoas com excesso de ácido fólico não convertido no organismo, também tem demonstrado aumento de chance de formações de neoplasias (câncer)!
Resumindo, o consumo de ácido fólico sintético coloca em risco a saúde da mãe e do bebê, caso este se acumule por falta de conversão, sendo então mais prudente e indicado o uso do L- Metilfolato, já convertido!
Ahhh mas então é só pesquisar mutação do MTHFR em todas as mulheres!? Isso não basta! Pois como citei acima, mesmo pessoas sem a mutação podem não ter produção suficiente da enzima que converte o ácido fólico sintético, e mesmo assim fazer acúmulo e intoxicação pelo mesmo!
Hoje há muitos estudos sobre esses casos, e artigos já citando presença de Síndrome de Down em associação a mutação do gene MTHFR.
Converse com seu médico!
Texto escrito pela Dra. Bianca Zulli
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