A pílula do dia seguinte é indicada para casos de emergência e deve ser usada com cuidado. Entenda a sua eficácia e impacto na menstruação.
A pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência, devido sua alta dose de hormônios. Se a fecundação ainda não aconteceu, o medicamento dificultará o encontro do espermatozoide com o óvulo.
Por outro lado, se a fecundação já houver ocorrido, a pílula provocará uma descamação no útero, impedindo a implantação do óvulo fecundado. No caso do óvulo já estar implantado e já se tenha iniciado uma gravidez, a pílula não tem efeito algum.
Valor da pílula do dia seguinte
O método é gratuito em postos de saúde de todo Brasil: basta se dirigir ao local e retirar o medicamento. Além disso, a pílula do dia seguinte pode ser encontra pelo preço que varia de R$ 3 a R$ 30 em farmácias, a depender da região, da dosagem e do laboratório que a desenvolveu. Pode ser adquirida sem prescrição médica.
Pílula do dia seguinte: nomes
- Postinor-2
- Pilem
- Pozato
- Diad
- Minipil2-Post
- Poslov
Como tomar a pílula do dia seguinte
O procedimento é bem simples. Para o tipo que tem apenas uma pílula, basta tomá-la até 72 horas depois do ato sexual – lembrando que a eficácia é maior nas primeiras 12 a 24 horas.
Para aquelas que vêm em duas doses, a primeira deve ser tomada preferencialmente logo após o coito, e a segunda depois de 12 horas.
Tipos de pílula do dia seguinte
O mercado disponibiliza dois tipos de pílula do dia seguinte:
- Cartela com 1 comprimido, composto de 1,5 mg de levonorgestrel
- Cartela com 2 comprimidos: composto cada um de 0,75 mg de levonorgestrel
Não existe diferença entre os dois tipos de pílula, uma vez que a dosagem é a mesma. Ambas representam uma enorme carga de hormônios ingerida de uma só vez, diferentemente das pílulas anticoncepcionais convencionais – ingeridas diariamente -, que possuem dosagem menor.
Como se trata de um método de emergência e não de prevenção, a dosagem da pílula, independentemente do tipo, é um turbilhão de hormônios.
Quando tomar a pílula do dia seguinte?
- Houve relação sexual com penetração do pênis na vagina sem proteção (não usou camisinha ou anticoncepcional de qualquer tipo)
- Se a camisinha estourou e a mulher não usa anticoncepcional de qualquer tipo
Quando a pílula do dia seguinte é contraindicada
- Hipertensão descontrolada
- Problemas vasculares
- Doenças do sangue
- Obesidade mórbida
Além disso, o tabagismo pode ser prejudicial se combinados com a pílula do dia seguinte. A pílula com estrogênio é um vasoconstritor, que contrai os vasos sanguíneos, e a nicotina do cigarro também. Em associação, aumentam o risco de derrame (Acidente Vascular Cerebral – AVC) e trombose.
Outras contraindicações podem ser indicadas pelo ginecologista, que avaliará caso a caso.
Vantagens
- A pílula do dia seguinte é o único método contraceptivo que pode ser utilizado após a relação sexual
- No caso de falha do método e ocorrência da gravidez, não causa efeitos colaterais (teratogênicos) no feto
- Previne a Gravidez Não-Planejada como mais uma opção contraceptiva
Além disso, a mulher já pode tomar o comprimido a partir do momento em que ela tem uma vida sexual ativa. Entretanto, o ideal é sempre buscar ajuda profissional antes de recorrer a qualquer método hormonal.
Desvantagens
- O uso repetido ou frequente desregula o ciclo menstrual e período fértil da mulher
- Maior risco de ocorrer relação sexual desprotegida em um dia fértil, facilitando a gravidez
- Se usada frequentemente, prejudica o funcionamento do aparelho reprodutor feminino e dificulta futuras gestações desejadas
- Pode aumentar o risco de gravidez ectópica no futuro se usada mais de uma vez por mês
- É o contraceptivo com maior taxa de falha: 5%
- Tem diversos efeitos colaterais
Efeitos colaterais da pílula do dia seguinte
Mesmo que ingerida uma vez ou numa frequência muito baixa, ainda é possível que a pílula do dia seguinte cause efeitos colaterais como:
- Dor de cabeça
- Dor no corpo
- Náuseas
- Diarreia
- Tontura
- Vômito
Pílula do dia seguinte atrasa a menstruação?
A pílula do dia seguinte pode atrasar ou adiantar a menstruação, devido ao desequilíbrio hormonal que ela provoca. Após o uso, o organismo precisa se readaptar e reajustar o ciclo menstrual. Isso pode demorar algum tempo a depender de qual momento do ciclo menstrual você utilizou a pílula do dia seguinte.
“O hormônio da pílula fica no corpo por cerca de 24 horas, mas o impacto no nosso ciclo pode ser um pouco mais longo, até 15-20 dias”, explicou a ginecologista Diana Vanni, previamente ao Minha Vida.
Quantas vezes posso tomar a pílula do dia seguinte?
Não é recomendado tomar mais de uma pílula por mês, ao perder a eficácia, aumentando o risco de gravidez. Além disso, graças a sua alta dose de componentes hormonais, ela pode causar reações adversas.
Quais são as chances da pílula do dia seguinte falhar?
O risco de falha da pílula do dia seguinte gira em torno de 5%, quando usada corretamente. Explicando melhor: se 100 mulheres tomarem a pílula nas primeiras 24 horas após a relação sexual desprotegida, cinco dessas mulheres ainda engravidarão.
A taxa de insucesso é mais alta que outros métodos, porque a pílula do dia seguinte não é um método contraceptivo para ser usado de maneira recorrente, mas em caso de emergência. O corpo não está preparado para ela.
A ação do levonorgestrel – um tipo de progesterona – pode inibir ou retardar a ovulação. Ele consegue dificultar a passagem do óvulo ou do espermatozoide, além de provocar alterações no endométrio, bloqueando a implantação do óvulo.
Se ingerida depois da formação do feto, ela pode causar hemorragia e aborto – fatores de risco para a vida da mulher.
É possível engravidar após tomar a pílula do dia seguinte?
Normalmente, após tomar a pílula do dia seguinte, a menstruação pode ocorrer na mesma semana ou cerca de uma semana depois da data prevista.
Se a menstruação não ocorrer depois de 4 semanas da ingestão da pílula, convém fazer um teste de gravidez. Ou seja, há risco de engravidar após tomar a pílula do dia seguinte, sim.
Fonte: Minha Vida