Atividade Física no Tratamento de Alzheimer e Parkinson

Atividade Física no Tratamento de Alzheimer e Parkinson

A atividade física pode ser uma alternativa de tratamento coadjuvante e prevenção de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2014 apontavam que a população mundial passou a alcançar uma expectativa de vida maior do que em décadas anteriores devido aos novos conhecimentos terapêuticos e farmacológicos desenvolvidos – além de melhorias na saúde pública. Como consequência disso, começaram a ser identificadas novas doenças da velhice, tais como as doenças neurodegenerativas. Porém, atenta-se que algumas destas patologias podem ser tratadas pela atividade física, especialmente as que acometem pessoas de idade.  

Então, pensando neste tema, a proposta do presente artigo traz consigo a prática da atividade física como ferramenta tanto para a prevenção quanto para o tratamento coadjuvante de diferentes doenças crônicas neurodegenerativas. Dentre elas, o Alzheimer e o Parkinson são as duas doenças neurodegenerativas mais conhecidas. Além disso, segundo o Ministério da Saúde, estima-se que cerca de 200 mil pessoas sofram com o Parkinson no Brasil, enquanto conforme a Associação Brasileira de Alzheimer, 1,2 milhão de brasileiros convivem com esta doença que afeta a memória.

A doença de Alzheimer (DA) é a forma mais comum de demência. No caso desta doença, os danos causados ao cérebro são irreversíveis e não podem ser interrompidos. Em geral, o primeiro aspecto clínico desta patologia é a deficiência da memória recente, seguido de dificuldades de atenção e de fluência verbal. Portanto, em virtude destas características, a DA é por vezes diagnosticada já em estágios de degeneração avançada. E além de ser uma doença progressiva e irreversível, ela também não tem cura.  

Sabe-se que a atividade física tem sido utilizada como conduta não-farmacológica para o tratamento de diversos tipos de patologias. Logo, a prática regular de exercícios físicos tem mostrado efeitos neuroprotetores, conseguindo atenuar os depósitos de β-amiloide, e fosforilação da proteína tau, os dois principais causadores da Doença de Alzheimer.

Qual atividade é indicada para pacientes com Alzheimer? 

Embora a maioria dos estudos, tanto em humanos como em modelos animais, tenha recomendado a atividade crônica de intensidade moderada (caminhada, corrida longa, esteira) para casos de doenças neurodegenerativas, um estudo realizado pela Academia de Neurologia Americana, em 2012, demonstra que até pessoas que realizam menos atividades do cotidiano, como simplesmente lavar louça, têm de 2,3 vezes mais chances de sofrerem de doença de Alzheimer se comparado com quem inclui essas tarefas no seu dia a dia (figura 1)., Além disso, aquelas que realizam menos exercícios intensos, como caminhada e corrida, têm 2,8 vezes mais riscos de serem acometidas pela doença do que as pessoas que se exercitam intensamente. Assim, podemos estender os benefícios protetores da movimentação física até a prática de tarefas do cotidiano.

A importância da atividade física com regularidade

A caminhada é uma ótima opção de exercício para tratar doenças neurodegenerativas através da atividade física porque é uma alternativa fácil e gratuita, dispensando o uso de aparelhos caros e sofisticados. Mas é preciso ter em mente que, como Manidi (2001) explica, a atividade física deve ser regular para tornar-se eficaz. Além disso, deve atentar que a doença está constantemente evoluindo e os exercícios realizados, portanto, devem ser adaptados às possibilidades físicas e práticas do paciente. O autor sugere também que o profissional que orienta este paciente esteja por dentro das atualidades da área, ao serem constantes os estudos que trazem novidades sobre o tema.

Fonte: Blog Fisioterapia

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